Com o cenário bem singular da pandemia do novo coronavírus na economia mundial, muitos se perguntam como funcionava a economia na gripe espanhola.
Dessa maneira, neste post abordaremos as semelhanças e diferenças entre as duas principais pandemias que o mundo vivenciou até os dias atuais.
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Economia Gripe Espanhola X Economia Coronavírus
A gripe espanhola teve início em janeiro de 1918 e é conhecida como a maior pandemia da história.
Estudos estimam que pelo vírus influenza, H1N1, cerca de 500 milhões de pessoas foram infectadas, representando 1 ⁄ 4 da população mundial na época.
Por outro lado, após 100 anos da gripe, o mundo está dominado pela pandemia do novo coronavírus que supera 90 milhões de casos atualmente.
Dessa maneira, as duas doenças trouxeram danos enormes à população mundial, superando marcos previstos de mortes, de danos à saúde e, em especial, à economia.
Sendo assim, vamos ver as características de duas grandes doenças que assolaram o mundo.
Além disso, como a economia se comportou durantes estas.
Gripe Espanhola
Primeiramente, é preciso explicar como foi a gripe espanhola e o que esta representou para o mundo na sua época.
Dessa forma, a gripe espanhola pode ser analisadas em 3 ondas:
- Em março de 1918 quando a Primeira Guerra Mundial ainda acontecia;
- Novembro de 1918 com o fim da Primeira Guerra Mundial;
- Primeira metade de 1919 em que as tropas militares retornavam aos seus países de origem.
Em cada uma dessas ondas a pandemia teve grandes efeitos no número de pessoas infectadas devido aos acontecimentos de cada época.
Isso pode ser visto com a alta taxa de contágios ocorrida na terceira onda devido ao grande deslocamento de pessoas.
Assim, o desenrolar da doença esteve muito ligado à Primeira Guerra Mundial, tornando difícil a análise dos seus efeitos sobre a população.
Entretanto, estudos posteriores conseguiram observar alguns efeitos próprios da gripe espanhola.
A economia
Logo, a pandemia teve fortes impactos na economia ao afetar a atividade econômica, emprego e renda principalmente na Europa e nos EUA.
Assim, a gripe é o quarto evento de maior dano à economia desde 1870.
Esta está logo atrás da Segunda Guerra Mundial (1), a grande depressão (2) e a Primeira Guerra Mundial (3).
Estudos estimam que essa pandemia foi responsável por afetar negativamente o PIB mundial em 6% e 8% no consumo das famílias.
Somado a isso, a doença abalou grandemente o mercado de trabalho já que a maior taxa de mortalidade estava entre as pessoas de idade ativa (15 a 49 anos).
Entretanto, enquanto o mercado de trabalho sofria com a falta de mão de obra, os salários dos trabalhadores restantes aumentavam.
A gripe espanhola não teve impactos tão fortes a longo prazo, pois em 1921 os EUA já estariam vivendo os loucos anos 20.
Esta foi a época de consolidação do Sonho Americano de Vida.
Leia mais sobre essa época dos anos 20 e a seguinte crise de 1929. Clique aqui.
Além disso, não afetou-se tanto o mercado de ações, entre outras razões, o fim da Primeira Guerra Mundial promoveu um cenário mais positivo para os investidores.
Coronavírus
Por outro lado, o novo coronavírus marcou o início de 2020 e tem durado até os dias atuais.
Já escrevemos um post sobre a linha do tempo do surgimento da COVID-19 até o momento em que se tornou uma pandemia. Clique aqui para ler.
Da mesma forma que a gripe espanhola, necessitou-se de medidas de isolamento e distanciamento social para conter a COVID-19.
Igualmente, como visto nos últimos meses, os países ao redor do mundo tiveram comportamentos diferentes quanto a pandemia.
Assim, há variações na situação de cada economia nacional.
A economia
Segundo o relatório do FMI de 13 de outubro, as projeções de encolhimento da economia mundial eram de 4,4% em 2020.
Do mesmo modo, as projeções do relatório para o crescimento do PIB mundial para 2021 é de 5,2%.
O relatório do FMI ainda afirma que 90 milhões de pessoas no mundo podem viver em situação de extrema pobreza devido à pandemia.
Devido às medidas restritivas diversos estabelecimentos reduziram suas atividades, e muitos fecharam suas portas.
Com isso houve um aumento o nível de desemprego.
Assim, muitos governos deram estímulos fiscais, como o adiamento nos prazos dos impostos.
Semelhantemente, diversos pacotes econômicos foram planejados pelos governos, auxiliando famílias e empresas.
Entretanto, diferentemente da gripe espanhola, o mercado de ações afetou-se muito pela COVID-19.
Tal cenário é visto nas grandes mudanças do índice Dow Jones e pelo circuit breaker que foi acionado o 6 vezes só em 2020.
Você sabia que em toda a história acionou-se o circuit breaker apenas 24 vezes?
Já escrevemos aqui sobre o que é circuit breaker e para que servem.
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