Não é de hoje que o governo Bolsonaro fala sobre a unificação de programas sociais no Brasil. Porém, por causa da pandemia do Coronavírus esse tema tinha ficado de lado.
Na terça-feira (9), o Ministro da Economia Paulo Guedes, além de divulgar a extensão do auxílio emergencial, voltou a falar sobre essa unificação, o programa Renda Brasil.
Mas, o que irá mudar nos programas sociais?
Para entender direitinho, vem comigo que eu te explico.
Coronavírus e a crise
A crise do Coronavírus mudou vários aspectos da economia do país. Paulo Guedes tem um conceito econômico liberal e suas ações estavam sendo tomadas para diminuir o gasto público.
Dessa maneira, a crise veio como um “soco no estômago” para o ministro. Assim, a economia praticamente foi desligada e ele não tinha outra alternativa para o país, ele teve que aumentar esse gasto.
Assim, ele fez isso através do auxílio emergencial, que na proposta do governo era de 200 reais mensais, e o Congresso Nacional aumentou para 600 reais.
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O Brasil aumentou esse gasto em praticamente 150 bilhões de reais. Só de pensar em todo esforço para passar a Reforma da Previdência, para economizar 1 trilhão em dez anos, gastar tudo isso deve ter sido um peso para o Ministro.
Segundo o Ministro, o valor de 600 reais era pela situação de emergência que o país se encontrava. Agora, quando anunciou mais dois meses de auxílio, ele disse que esse valor será de no máximo 300 reais.
No entanto, para diminuir o valor, o governo tem que mandar outro projeto para o Congresso, que já deu sinais de querer manter os 600 reais.
Da mesma forma, o ministro aproveitou para falar sobre a Renda Brasil, aonde ele irá unificar vários programas sociais e incluir os informais auxiliados pelo “Coronavoucher”.
Renda Brasil
Sobre o programa em si, Paulo Guedes ainda não expôs muitos detalhes. Quais programas serão substituídos, quantas pessoas irão receber e até o valor recebido não foram divulgados.
Dessa maneira, ele falou apenas que o Bolsa Família seria substituído e que atingiria mais pessoas.
A crise do Coronavírus mostrou para o governo que existem pessoas que não tem nenhum registro físico e que merecem ser incluídos no mercado de trabalho.
Segundo palavras do Paulo Guedes, “… Aprendemos com essa crise que havia 38 milhões de brasileiros invisíveis e que também merecem ser incluídas no mercado de trabalho.”
Dessa maneira, essas pessoas “invisíveis” para o governo, que não recebiam nenhum auxílio serão beneficiadas pela Renda Brasil.
Do mesmo modo, é de conhecimento público que existem alguns programas sociais que são falhos. Dessa maneira, transferir os recursos desses para apenas um programa para ampliar o alcance da Renda Brasil seria muito benéfico.
É o caso do Abono Salarial (valor pago anualmente para pessoas que recebem até 2 salários mínimos), seguro-defeso (pago para pescadores em períodos que a pesca é proibida) e o farmácia popular.
Assim, esses podem ser alguns dos programas que irão compor o Renda Brasil.
Marketing do Renda Brasil
O Bolsa Família é um programa social muito atrelado ao governo do Partido dos Trabalhadores (PT). Esse faz oposição ao atual governo de Jair Bolsonaro.
Dessa forma, extinguir o nome Bolsa Família e criar um novo programa social com outro nome, pode ser uma forma de vincular esse programa ao atual governo.
Desse modo, é muito improvável que esse seja o motivo principal para a criação do programa. Porém, isso provavelmente foi pensado pelo marketing do governo Bolsonaro, já que sua popularidade com as pessoas de baixa renda aumentou após o auxílio emergencial.
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